7.1.12

tremeu a minha mão enquanto bebia o café quase a escaldar. pensei: "eles preservam-te nas suas mentes. fria, sombria até, objetiva, determinada, calculista". o que pensarão eles de mim? demasiado frágil, sempre frágil, desistente. não temem a minha fraqueza pois faz parte do seu consciente, assim como não temem a fraqueza de ninguém. acreditam piamente em nós. ou se não acreditam, não fazemos parte, não estamos na sua lista. enquanto eles vão diferenciando, eu preservo-os na mesma caixa. uma caixa de cartão, quase a pegar fogo. velha. mantendo os mesmos hábitos toda a vida. tal como seus donos. antiquados, mercantis, dissimulados.

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