19.2.10

pretério im(perfeito)


estou frio por fora e quente por dentro. a sala 11 onde se fala de Jacinto de Tormes e Angelina de Fafes, ("A Cidade e as Serras" - Eça de Queirós), está fria mas o sol ainda penetra pela janela e vai aquecendo minimamente o ambiente repleto de ruídos de fundo.

apetece-me sorrir para a vida. resta-me esperar que o karma me abraça e me sorteie com a sua "parte boa". estou a fazer por isso...

sinto que a vida dá oportunidades pelas quais vale a pena lutar. sinto que me invade uma vontade de combater pelos sentimentos verdadeiros. sentimentos esses que outrora quase me fugiram por entre os dedos e se camuflaram na minha pele. mas apenas isso. camuflados como se camuflam os animais mais indefesos para se esconderem das presas que desejam ferozmente devora-los. é simetricamente igual aos sentimentos dos Homens. as vezes basta (com a nossa ignorância sobre eles) camuflarem-se uma vez, para aprendermos que não devemos mais deixar-nos enganar pelos benefícios desta técnica nossa desconhecida.

aí encontro a diferença entre os nossos sentimentos e os instintos animais. eles escondem-se de forma estratégica e intuitiva, aproveitando-se da totalidade dos bens que isso lhes traz. connosco não. nós deixamos levar-nos ignorantemente pelos falsos sentimentos que estupidamente se sobrepõe aos verdadeiros.
felizmente os meus valores sobrepuseram-se e atacaram a luxúria que me invadia.

agora embora não haja sol, há a luminosidade nos olhos de quem ama mesmo. talvez eu. talvez.

tiagorocha, ponto final

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